sábado, 11 de dezembro de 2010

hermeneutica iluminada


Verão se aproxima, mas ainda não vejo nada. Cego de uma perna. Mancando com apenas uma andorinha. Preciso de mais asas pra poder alcançar o sol. Que sejam elas embutidas nos calcanhares. Que façam-me fugir das festas de natal e fim de ano, do calendario e sua função perpétua de igualar a todos. Do alto sol a pino - direção oposta do noturno estouro de fogos de artifícios. Vai-te noite ! Que venham novos dias...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Imersidão




Parado um bom tempo. Correndo dentro de si. E aqui sozinho percorrendo um deserto isolado da abundãncia lá fora. Estou preso... Mesmo quando corro a procura de outros, pois, neste caso, extende o vazio. Mais gente, mais Nad(a)o. Assim é que derepente canso das braçadas; agora um oceano infinito engolindo-me em suas profundezas abissais. Puxado pela perna fraturada, o deserto é o fundo do mar. Correr e Nadar não leva a lugar algum quando se é muito pouco; solitário ou minoria entre as imensidões niilista.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

cicatrizes



Expor é cortar-se... Aos poucos as marcas envolvendo este corpo – também do texto. Eis-me branco como uma folha(ou a tela) vazio tal qual estar neste espaço árido. Cheio quando se revela algo, dá cara a tapa, socos, pancadas a cada nova investida deixar exposto para os golpes. Escrevo brigando, consigo, com outros; com Tudo. Aí depois esses hematomas; um livro escrito em tatuagens, cicatrizes... E não é que a perna quebrou? Por isso escrevo-te, porque ficou evidente minha fratura; exposta. Escrevo com tinta metálica,  cor de um automóvel que me joga pra longe e faz ficar bom tempo sem poder andar; cicatrizandando. Agora o tempo apunhala, corta com os ponteiros e faz correr sangue do espírito. Enquanto abutres sobrevoam o deserto, de bem distante, do outro lado das dunas. Ameaçam. Sinalizam tal qual o relógio a morte. Querem  carne, sangue, veem-me imóvel, acha que não suportei o deserto. Afaste-se! Espanto com as mãos, escrevo aqui pra vcs, enxoto quem me tem como morrido, existensivamente...

sábado, 11 de setembro de 2010

SER E NÃO SER EIS A RESPOSTA

Bem... Escrevendo agente supõe talhar algo sobre a persona que somos. Pressupostos. Que tarefa complicada. Esculpir, principalmente  matéria tão sem forma e de difícil acabamento. Não. Cada vez que prossigo se arrebenta toda a tentativa de se auto-obrar. Essa a questão. Pois, tratar-sea de uma composição diversa e repleta de materiais afora argila. Sobre a concentração do olhar na reunião dos materiais; uma variedade alquímica. Não, não sou obra, porque difícil reunir-se. O ser é tão concentrado pra caber o espalhado.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

INICIO E FIM. ORWEL E HUXLEY.


Nascendo na admiravel 1984  atual, andando por aí sinto a ficção distópica enxergar-me pelos labirintos da flora e fauna recente - ou, essa floresta de pedras. De técnicas refinadas e complexificação do natural. Poderia dizer um novo reflorestamento com novas diversidades, sem dúvida. Mas um certo mal estar acompanha; na medida em que os artifícios assumem um poder preponderante. Quando se precisa demais dos caminhos desse claustro elaborado por humanos, e quando este o leva á perdição de saber sempre onde se está. Controlado-se. Isso...


Controlado-se