Verão se aproxima, mas ainda não vejo nada. Cego de uma perna. Mancando com apenas uma andorinha. Preciso de mais asas pra poder alcançar o sol. Que sejam elas embutidas nos calcanhares. Que façam-me fugir das festas de natal e fim de ano, do calendario e sua função perpétua de igualar a todos. Do alto sol a pino - direção oposta do noturno estouro de fogos de artifícios. Vai-te noite ! Que venham novos dias...
sábado, 11 de dezembro de 2010
hermeneutica iluminada
Verão se aproxima, mas ainda não vejo nada. Cego de uma perna. Mancando com apenas uma andorinha. Preciso de mais asas pra poder alcançar o sol. Que sejam elas embutidas nos calcanhares. Que façam-me fugir das festas de natal e fim de ano, do calendario e sua função perpétua de igualar a todos. Do alto sol a pino - direção oposta do noturno estouro de fogos de artifícios. Vai-te noite ! Que venham novos dias...
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Imersidão
Parado um bom tempo. Correndo dentro de si. E aqui sozinho percorrendo um deserto isolado da abundãncia lá fora. Estou preso... Mesmo quando corro a procura de outros, pois, neste caso, extende o vazio. Mais gente, mais Nad(a)o. Assim é que derepente canso das braçadas; agora um oceano infinito engolindo-me em suas profundezas abissais. Puxado pela perna fraturada, o deserto é o fundo do mar. Correr e Nadar não leva a lugar algum quando se é muito pouco; solitário ou minoria entre as imensidões niilista.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
cicatrizes
Expor é cortar-se... Aos poucos as marcas envolvendo este corpo – também do texto. Eis-me branco como uma folha(ou a tela) vazio tal qual estar neste espaço árido. Cheio quando se revela algo, dá cara a tapa, socos, pancadas a cada nova investida deixar exposto para os golpes. Escrevo brigando, consigo, com outros; com Tudo. Aí depois esses hematomas; um livro escrito em tatuagens, cicatrizes... E não é que a perna quebrou? Por isso escrevo-te, porque ficou evidente minha fratura; exposta. Escrevo com tinta metálica, cor de um automóvel que me joga pra longe e faz ficar bom tempo sem poder andar; cicatrizandando. Agora o tempo apunhala, corta com os ponteiros e faz correr sangue do espírito. Enquanto abutres sobrevoam o deserto, de bem distante, do outro lado das dunas. Ameaçam. Sinalizam tal qual o relógio a morte. Querem carne, sangue, veem-me imóvel, acha que não suportei o deserto. Afaste-se! Espanto com as mãos, escrevo aqui pra vcs, enxoto quem me tem como morrido, existensivamente...
sábado, 11 de setembro de 2010
SER E NÃO SER EIS A RESPOSTA
Bem... Escrevendo agente supõe talhar algo sobre a persona que somos. Pressupostos. Que tarefa complicada. Esculpir, principalmente matéria tão sem forma e de difícil acabamento. Não. Cada vez que prossigo se arrebenta toda a tentativa de se auto-obrar. Essa a questão. Pois, tratar-sea de uma composição diversa e repleta de materiais afora argila. Sobre a concentração do olhar na reunião dos materiais; uma variedade alquímica. Não, não sou obra, porque difícil reunir-se. O ser é tão concentrado pra caber o espalhado.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
INICIO E FIM. ORWEL E HUXLEY.
Nascendo na admiravel 1984 atual, andando por aí sinto a ficção distópica enxergar-me pelos labirintos da flora e fauna recente - ou, essa floresta de pedras. De técnicas refinadas e complexificação do natural. Poderia dizer um novo reflorestamento com novas diversidades, sem dúvida. Mas um certo mal estar acompanha; na medida em que os artifícios assumem um poder preponderante. Quando se precisa demais dos caminhos desse claustro elaborado por humanos, e quando este o leva á perdição de saber sempre onde se está. Controlado-se. Isso...
Controlado-se
Controlado-se
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